Módulo 4: Educação inclusiva

Desenho Universal para Aprendizagem – Princípios

A Convenção sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência[1] define que

as pessoas com deficiência são aquelas que têm impedimentos de longo prazo de natureza física, mental, intelectual ou sensorial, os quais, em interação com diversas barreiras, podem obstruir sua participação plena e efetiva na sociedade em igualdade de condições com as demais pessoas.

Essa definição entende que a deficiência se dá na relação entre impedimentos presentes no corpo e barreiras presentes na sociedade. Sua importância é retirar da pessoa com deficiência o fardo de se adaptar à sociedade, e colocar o problema onde ele realmente está. É a sociedade que deve mudar para abarcar a diversidade humana.

A partir deste conceito social, é possível minimizar a deficiência eliminando barreiras de todos os tipos presentes na sociedade: arquitetônicas, procedimentais, atitudinais, etc.

Para compreender um pouco melhor o conceito e os diferentes tipos de barreiras, visite o módulo de Acessibilidades!

A escola é uma instituição muito importante e, portanto, ela deve acompanhar essa transformação na construção de uma sociedade mais inclusiva.

[1] Para uma discussão mais completa sobre o assunto, ver o módulo sobre Histórico e legislação.

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Como é, então, uma escola inclusiva? Ela diz respeito somente à inclusão de pessoas com deficiência?

Desenho universal

O desenho universal[2] foi desenvolvido na década de 1960 por um movimento de arquitetos liderados por Ron Mace. A ideia surgiu a partir de um incômodo inicial com adaptações necessárias para acessibilidade nos espaços, que destoavam grandemente da construção inicial. O intuito é desenvolver espaços e objetos que desde a sua concepção abarquem a preocupação em serem usados pelo maior número de pessoas, sem precisar de alterações posteriores.

Por isso, os produtos desenvolvidos dialogando com a ideia de Desenho Universal seguem uma série de princípios.

Princípios do Desenho Universal

Uso equitativo;
Flexibilidade no uso;
Uso simples e intuitivo;
Informação perceptível;
Tolerância ao erro;
Baixo esforço físico;
Tamanho e espaço para aproximação e uso.

Entre fins da década de 1990 e início dos anos 2000, educadores se inspiram na ideia do Desenho Universal, e começam a buscar em suas pesquisas maneiras de preparar aulas e atividades voltadas a toda gama de estudantes presentes em sala de aula. Em um amplo diálogo com a neurociência, principalmente nos estudos sobre como nosso cérebro aprende, surge o Desenho Universal para Aprendizagem (DUA), movimento cujos autores mais influentes são David Rose e Anne Meyer.

[2] Para uma discussão mais completa sobre o assunto, veja o módulo sobre Acessibilidades.

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