Conhecendo as dimensões da educação inclusiva

Diz respeito às instâncias judiciária, legislativa e executiva, nas esferas municipal, estadual e federal. É o conjunto de normativas, leis, diretrizes, decretos, decisões judiciais, orçamentos de secretarias que permitem ou respaldam a efetivação do direito à educação inclusiva no território. Quando queremos intervir sobre a realidade da escola, é de extrema importância conhecer e saber analisar qual conjunto de políticas públicas organiza a proposta educacional.

Diz respeito às diversas etapas de planejamento e desenvolvimento das atividades de direção da escola. Estão incluídas a construção do PPP, a elaboração de planos de ação, a gestão dos processos internos da instituição de ensino, as suas relações com as instâncias do Estado e as suas relações com a comunidade. Para propor ações, atividades, mudanças e transformações, é preciso saber como a escola se organiza.

Diz respeito às diversas etapas de planejamento e desenvolvimento das práticas voltadas ao processo de ensino-aprendizagem. Estão incluídas as atividades do ensino comum, as ações destinadas ao Atendimento Educacional Especializado e os processos de avaliação de todas e todos os estudantes. É uma das dimensões cujo controle está mais diretamente ligado às(os) educadoras(es) e é, portanto, mais passível de ser direcionada sob práticas e perspectivas inclusivas.

Diz respeito às relações existentes entre a escola e as famílias das(os) estudantes. Busca-se o envolvimento da família com o planejamento de atividades escolares, suas contribuições com saberes construídos para além dos muros da instituição de ensino e com seus conhecimentos sobre suas próprias experiências e vivências, bem como de suas crianças e adolescentes. Na tentativa de aproximar as famílias da escola, mesmo os silêncios e as não-respostas são elementos que devem ser considerados para as próximas investidas de diálogo.

Diz respeito às relações que a escola estabelece com atores externos à instituição de ensino para apoiar os processos de inclusão. Podem ser pessoas físicas ou jurídicas, advindas das áreas da educação especial, da saúde, da assistência social ou da educação não formal, na figura de moradoras(es) e profissionais do entorno da escola, lideranças comunitárias, de movimentos sociais etc. Essa dimensão também é fundamental para fortalecer a escola como uma referência do território onde ela se localiza.